Escola Cremilda é referência em educação inclusiva

Atualmente são atendidos 25 estudantes Público Alvo da Educação Especial

Promover a educação através de práticas em que todos os alunos possam aprender independentemente de suas limitações. Assim a
educação vem sendo difundida na escola estadual Cremilda de Oliveira Viana, em Primavera do Leste, que atualmente tem 23 alunos
especiais, que contam com todo um acompanhamento dentro e fora da escola.
Weverton Ficherman, diretor da unidade de ensino, que tem aproximadamente 600 alunos por turno, explica, que um planejamento
individual é montado levando em consideração cada aluno especial. Um planejamento que é feito juntamente com a família do
estudante.

“Nós temos alunos cadeirantes, alunos com deficiência de surdez, deficiência intelectual, síndrome de down, autismo, entre outras. A
escola busca oferecer um atendimento de qualidade individualizado. Pois cada aluno tem sua especificidade, mesmo aquele, que é
diagnosticado com autismo, cada caso é um grau de intervenção, de aprendizado e interação social. Então analisamos esse estudante
de forma individualizada, e fazemos um planejamento para cada estudante e planejamento estratégico. E além deste processo
individualizado que construímos junto com a família, pois a família ela também precisa, participar deste processo, hoje o estado oferece
professor especializado”, explicou o diretor.

O projeto de tornar unidade de ensino em uma escola de inclusão, começou ainda mesmo na época da construção, tanto que escola
possui rampas de acesso, e ambientes adaptados e que promovem a acessibilidade. Não é à toa que o colégio se tornou referência em
todo estado.
“A escola Cremilda, tem sido hoje uma referência na área da educação especial, isso não são falas nossas, mas relato dos próprios pais
que nos dizem que buscaram a escola, por ela ter um atendimento diferenciado, capaz de promover uma certa evolução no aprendizado
de seus filhos. E nós ficamos felizes, pois se falamos de um processo inclusivo ele tem que acontecer na prática, e quando vemos isso
acontecendo é o que nos dá prazer na educação”, destacou Fischerman.

Para facilitar ainda mais o processo de inclusão, a coordenação cuida para que todos os alunos especiais, tenham a melhor experiência
possível quando estiverem na escola. Vale destacar que cada aluno, de acordo com sua deficiência é acompanhado por um professor
de forma individual.
“Hoje eu tenho mapeado onde está cada estudante especial, qual a série deles e a deficiência, para que assim eu consiga aloca-los de
uma maneira melhor. Por exemplo, nós temos uma aluna cadeirante que ela havia sido alocada no início do ano, em outro pavilhão.
Porém, percebemos que os banheiros adaptados estavam em outro pavilhão, trouxemos a turma para o pavilhão que fica em frente ao
banheiro e bebedouro adaptados, para que o acesso dela seja facilitado a essas dependências. A escola busca fazer isso. E não é só
em sala de aula, mas sim em todas as atividades, sempre buscamos o que podemos ofertar, para que esses alunos se sintam parte da
escola”, exemplificou o diretor, que ainda ressaltou a importância da participação da família.

“Todas as decisões que tomamos, levam em consideração o diálogo com as famílias, com a equipe especializada da escola, que
incluem os professores regulares, o da sala de multimídia, os intérpretes de libras e os professores especializados”, expôs.

Um desses alunos é o Pedro Henrique de Oliveira, ele tem 12 anos, e é surdo, por isso sempre está acompanhado de uma professora
interprete, fazendo com que ele possa a cada dia aprender mais e mais.

“A inclusão é isso, é você trabalhar dando a possibilidade a esses estudantes de serem como os demais. É dar a eles a possibilidade de
aprender, nem que seja no mínimo. Pois o mínimo para eles já é uma evolução tremenda”, explicou Renata Duarte, professora
interpretes de libras, Renata Duarte, que destacou ainda, que acompanha o aluno sempre, seja em palestras ou atividades extraclasse.
Com a ajuda da professora interprete de libras, perguntamos a Pedro Henrique, se ele tem aprendido e o que mais gosta na escola e
qual é sua disciplina favorita.
“Ele disse que está aprendendo sim, e que gosta das explicações e a matéria favorita é a educação física”, traduziu a interprete.
Ter uma matéria favorita e se sentir parte do ambiente escolar, esses são alguns dos fatores já mostram que é possível sim criar o gosto
pelo aprender mesmo quando parece ser tão difícil.
“O aluno está aqui, ele tem que se desenvolver. A velocidade que ele vai se desenvolver? Cada caso será analisado de forma individual.
Nós temos estudantes que tomaram um apreço maior pela unidade, devido a essa metodologia que estamos desenvolvendo. Tem
alunos que estudam em um período e querem vir em outro, e não querem mais ir embora da escola. Por que eles enxergam um
ambiente diferente”, finalizou Weverton Ficherman.